Lírios do convento (1891) aquarela, guache e grafite em papel
Ser uma artista na Inglaterra Vitoriana não era considerada uma ocupação adequada para uma mulher - uma razão para ter havido tão poucas. Mas Marie Spartali Stillman foi uma exceção. Ela alcançou visibilidade entre a majoritariamente masculina Irmandade Pré-Rafaelita e foi bem sucedida em vender seus quadros nos dois lados do Atlântico. Recentemente o Museu de Arte de Delaware realizou a maior exibição de suas obras já feita na América, "Poesia na Beleza", uma tentativa de trazer ao público o reconhecimento que ela merece.
Desafortunadamente obscurecido pelo Impressionismo, o movimento Pré-Rafaelita foi uma das grandes influências na pintura Européia de meados do século 18 em diante. O cerne do movimento era pequeno e em constante transformação, mas este e suas manifestações periféricas se espalharam grandiosamente, e duraram até o início do século 20.
Hoje, as mulheres do movimento Pré-Rafaelita são conhecidas como modelos, musas, amantes e parceiras; no entanto naquele período muitas foram prolíficas e originais em seu trabalho, mas por um motivo ou outro suas obras nunca figuraram em grandes coleções públicas, e foram sendo relegadas ao esquecimento. Uma das pintores mais prolíficas e significantes desse movimento foi Marie Spartali Stillman (1844-1927).
Fiammetta Cantando (1879), aquarela, guache e grafite em papel, 74.6 × 100.3 cm, coleção privada.
Maria Spartali era a filha mais velha de Michael Spartali, um rico mercador, diretor geral da firma Spartali & Co e que também foi consul grego em Londres de 1866-1879. Em Londres se casou com Euphrosyne, a filha de um mercador grego de Genoa.
Os temas de suas pinturas eram caracteristicas dos pré-rafaelitas: figuras femininas; cenas de Shakespeare, Petrarca, Dante e Boccaccio; também paisagens italianas.
A infância de Santa Cecília (1883), aquarela, guache e grafite em papel
Coroa de Rosas (1880), aquarela e guache em papel, 53 × 69 cm, Coleção privada.
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